Muito se fala sobre a temperatura ideal para
degustar uma garrafa de vinho. Dentre as razões subjetivas e objetivas que
fazem parecer um mesmo vinho ser melhor numa determinada situação, com certeza
esta a temperatura correta.
O padrão pode ser encontrado na tabela abaixo:
Na verdade o problema não é climatizar de maneira
ideal o vinho, mas saber como manter esta idealidade enquanto degustamos a
garrafa, e aí temos um grande problema neste país tropical.
Em um experimento que fiz num dia típico de verão
brasileiro plotei os seguintes resultados (de maneira resumida):
Em 40 minutos após a abertura da garrafa, a
temperatura média do ambiente abaixou 3º.C. Neste mesmo período de tempo a
temperatura do vinho na garrafa subiu 7º.C. Assim, tomando um Pinot Noir (cuja
temperatura padrão é de 17º.C), após o tempo acima descrito, estaremos tomando
um vinho com 24º.C (um absurdo!). O vinho fica totalmente alcoolico. (exala álcool).
A sugestão padrão é sempre colocar um balde de
gelo, para “manter a temperatura”. Fiz este teste, e o resultado é que nas
mesmas condições anteriores, o vinho diminuiu de temperatura nos primeiros 15
minutos exatamente 3º.C, no dia em questão, caindo então para 14º.C e logo após começa a
subir a temperatura e após 50 minutos também sobe 7º.C a temperatura da garrafa, ou seja,
ganhamos um fôlego de mais 15 minutos e menos 3º.C de temperatura. (veja tabela
abaixo).
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Na prática, nos dias mais quentes, o que sugiro
fazer, para não depender tanto da teoria, quanto dos cálculos, quanto do balde
de gelo; enfim para realmente degustar e apreciar um bom vinho, faça o seguinte:
na adega, ou num frigobar
(somente com bebidas) regule a temperatura para uns 5 à 6 graus abaixo da
temperatura ideal. No nosso caso 11 à 12º.C. Com 30 minutos de decanter ou de
espera, você já estará com a garrafa na temperatura ideal. Se estiver mais
quente, inicie a degustação mais cedo, ou resfrie mais. Se estiver menos
quente, inicie a degustação mais tarde, ou resfrie menos.
Espero ter ajudado! Mas lembre sem neuras ou
termodinâmicas, o importante é saborear!
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